Certa vez vi Salustiana com raiva. Eu não fizera nada, mas ela não pensava assim. Chorou. Aliás, ela sempre chorava, quando se sentia desprezada. Eu nunca a desprezei. Disse-se cansada, e que não me entendia. Na véspera, estivéramos juntos, quando então lhe dei sete tiros, e fugi. Matei-a em legítima defesa, pois, Salustiana, aborrecida, tornava-se frágil, o que a deixava mais perigosa. Naquela noite, o marido não se despediu de Salustiana, certo de que, na volta, a encontraria do mesmo jeito. Ela, porém, passou direto para o quarto.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Salustiana V
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