quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Aurora

Passada a hora, ei-la... “A vida é nítida como um grito de pássaro”, diz o poeta, mas ela nem liga para isso. Ela é o poema, que a noite inverteu. Aprisionado, concluí que sem mim não velariam direito a Rosa, escapada à manhã. Sem o sol, velejariam, mas sem direção. Por isso, fiz descer a noite, e – antes que Aurora dormisse, dominei a calmaria e encalhei nas coxas, que ardiam.

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