eles me olham, lá de cima
são abutres, espreitando minhas vestes
o que faço ou deixo sobre a mesa
interessa-lhes
é para eles que escrevo
deles, são os livros que amontôo na estante
já não passo sem eles
lá de cima, os abutres...
parecem gostar do que vêem,
embora não sintam a dor que me fere,
enquanto se banham em suas piscinas azuis
e se refrescam com os litros de bebidas,
que sorvem de propósito
e não há vestígio que lhes escape à argúcia
de seus olhos, brotam o fogo que me fará cadáver
a chama que me rebrotará sem marcas passadas
nova ave sanguinária
sem escrúpulos e instintos atentos
terça-feira, 30 de março de 2010
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