terça-feira, 30 de março de 2010

Semente

sou meia dúzia de palavras
e ponto final

no muro de minha casa, inauguro
a insanidade desse tempo, que não consigo reter

é nele que escrevo o que sou
e deixo a marca do que restará de mim

não sairei daqui para que me encontres
nem desligarei o telefone para que me fales de ti

se for possível te acessar
farei várias tentativas na internet para ver teu retrato
e desvendar o mundo em que subsistes

de todas as palavras
a de que mais gosto é a que ainda estou por escrever

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