terça-feira, 30 de março de 2010

Escape

manhã sobre telhado, sol sob lençóis
no peito, sonata solta ao léu

solidão que o vento
largou longe das horas

cinzas tingiram teus olhos
rugas enrijaram tua pele

bobagens fora de época
flores sem estação

afinal, de quem são as honras?
para que sobraram os heróis?

és a nota da canção
que guardei em meus dedos

sem isso, pensei que sofrias
com esse disfarce
de que te valeriam as sombras deixadas pra trás?

escapa-te o sorriso
que não aprendeste a esconder

Nenhum comentário:

Postar um comentário